v. 17 n. 1 (2025): Highlight em Saúde Mental: Sexualidade, Ansiedade, Comportamentos Autodestrutivos e Universidade

Imagem que descreve Destaques em saúde mental, que englobam a sexualidade, ansiedade, comportamentos autodestrutivos, assim como a Universidade. Desenho Gráfico e Arte Por: João Pedro dos Reis Lyra Filho

Editorial

     O campo da saúde mental é diverso. Arrisco dizer que esta seja a sua principal característica. Quando pensamos sobre subjetividade, saúde e adoecimento, podemos fazê-lo a partir de muitas perspectivas, científicas ou não. Do lado da Ciência, além da Biomedicina, podemos citar entre outras: a Psicologia, a Psiquiatria, as Ciências Sociais, etc. Há quem espere ver essa diversidade reduzida a um único paradigma epistemológico, sustentado pelos princípios de apenas uma das tantas ciências que atualmente constituem o campo da saúde mental. E há aqueles que entendem que essa diversidade é justamente o que faz da saúde mental um campo de conhecimento tão peculiar e desafiador. Entre eles, estão os que não recuam frente à complexidade de questões como a sexualidade, a violência e o sofrimento psíquico.
     O volume 17 da Revista de Investigação Biomédica (RIB) mostra que ela faz parte do time da ciência que trabalha em defesa da pluralidade da saúde mental. Vejamos, por exemplo, o artigo que realiza uma revisão de literatura sobre os comportamentos associados ao consumo de material pornográfico, buscando responder à difícil pergunta sobre os impactos que esses comportamentos podem produzir na vivência da sexualidade. Já o artigo “Ansiedade do (no) contexto universitário”, quer investigar como as vivências acadêmicas podem ser também promotoras dessa forma tão contemporânea e localizada de sofrimento psíquico. E um último exemplo: pensando a partir da Psicologia proposta pela Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), o artigo “Lesão autoprovocada e suicídio: é possível ressignificar o self?” toma um caso clínico como metodologia qualitativa de análise, nos convocando a pensar não apenas sobre essa forma tão contundente de sofrimento psíquico, mas nos modos através do quais a Psicologia pode fazer ciência.

Publicado: 06/30/2025

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