FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO E POLÍTICAS PÚBLICAS:
Implicações do fundamento cristão evangélico nas políticas públicas de saúde brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.24863/rib.v13i1.597Palavras-chave:
Fundamentalismo Religioso Cristão, Políticas Públicas, Saúde brasileiraResumo
Introdução: Mediante a laicidade, diversidade sexual, cultural, étnico-racial e religiosa no Brasil, há necessidade de políticas em saúde que abranjam essa pluralidade. No entanto, é visível a influência da religião evangélica nas políticas públicas, projetos de lei com foco na defesa moral cristã e/ou políticas instauradas que não abarcam essa amplitude. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo identificar como o fundamentalismo religioso cristão evangélico implica nas políticas públicas de saúde brasileiras. Materiais e Método: Trata-se de pesquisa bibliográfica e análise documental qualitativas. A busca de dados incluíram a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações e Biblioteca Virtual em Saúde e projetos de lei através do site oficial da câmara dos deputados. Resultados: Constataram-se as seguintes dimensões: um padrão de veto a políticas que abordam toda a diversidade brasileira; impactos desproporcionais em indivíduos LGBTQIAP+, mulheres e pessoas que usam álcool e outras drogas; quando tratam a laicidade, interferência religiosa frequente, privilegiando particularmente os valores cristãos nas políticas públicas; alocação direcionada de fundos públicos alinhada com a agenda político-cristã; desinformação da população e falta de apoio da mídia. Conclusão: A influência do fundamentalismo religioso cristão evangélico nas políticas públicas de saúde brasileiras levanta preocupações significativas quanto à violação de princípios laicos e à exclusão de diversos grupos sociais. Os resultados apontam para direções importantes para pesquisas futuras e enfatizam a necessidade de expandir o escopo da análise para um nível nacional para garantir uma compreensão e representação mais amplas.
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