A POLUIÇÃO SONORA E OS AGRAVOS À SAÚDE AUDITIVA

Resumo

Introdução: O efeito de níveis elevados de ruído sobre o organismo humano revela-se em manifestação de sintomas auditivos e extra-auditivos. A poluição sonora em São Luís é um dos grandes problemas encontrados em vários pontos da cidade como ruas, avenidas e locais públicos. Objetivo: Relacionar o nível de pressão sonora ambiental com a sintomatologia auditiva e não-auditiva de sujeitos expostos ao ruído, em locais mapeados no município de São Luís-MA. Materiais e Método: Trata-se de um estudo analítico analítico, observacional, transversal e quantitativo. Foram coletados os níveis de intensidade sonora ambiental, que se encontram mapeados e registrados em uma ficha de controle de um estudo da Carta Acústica de São Luís - MA e, em seguida, foi aplicado para 199 sujeitos expostos à poluição sonora ambiental, um questionário estruturado com perguntas fechadas, adaptado e validado, contendo informações sobre dados de identificação, tempo de exposição ao ruído, fatores de risco para perda auditiva sensorioneural e sintomas auditivos e não-auditivos. Foi utilizado o teste estatístico ANOVA para verificar se havia diferença estatística entre as sintomatologias auditivas e não auditivas aos níveis de decibéis. As correlações relevantes foram investigadas empregando-se os coeficientes de correlação de Pearson (r).  Resultados: Os maiores níveis de ruído foram registrados em três ruas, com uma média de 83 dB, apresentando nível de intensidade superior ao permitido pela Lei municipal de São Luís - MA. Neste estudo, as sintomatologias auditivas mais prevalentes foram: zumbido (67%) e recrutamento (58%), com p-valor <0,01, e as não-auditivas foram: dor de cabeça (60%), insônia (50%) e falta de apetite (46%), com p-valor <0,01. Conclusão: os níveis de pressão sonora do ruído ambiental estão acima do permitido, desencadeando sintomatologias auditivas e não-auditivas em indivíduos expostos.